Muitos de nós, jovens, trabalhadores e pais, enfrentamos todos os dias as dificuldades impostas por este sistema capitalista, como a violência exterminando a juventude, as escolas e postos de saúde sucateadas, desemprego, sem contar que oportunidade de diversão não existe. Mas como se divertir quando o desemprego atinge milhares de trabalhadores, especialmente os jovens? Hoje convivemos com a cruel realidade, bem ao nosso lado, com a presença das cracolândias, que não pertencem mais aos grandes centros, pois a juventude se encontra sem perspectiva de um futuro. Como se divertir assistindo a epidemia de crack destruir tantas vidas? Às vezes a dureza da vida leva alguns ao consumo de droga para esquecer-se das dificuldades. É uma falsa saída! A massificação das drogas nas periferias é um instrumento do imperialismo para destruir a juventude.
Segundo dados do Ministério da Justiça em seu relatório chamado “mapa da violência”, Alagoas é o estado mais violento do Brasil com 2.226 assassinatos só no ano de 2010, o que significa uma taxa de homicídios de 71,3 para cada 100 mil habitantes. Essa média de assassinatos é quase o triplo da nacional, superando estados como Rio de Janeiro e São Paulo. Além de liderar o triste ranking nacional de violência, Alagoas tem taxas de homicídios maior até que El Salvador (71 homicídios para cada 100 mil habitantes) sendo então o lugar mais violento do mundo!
Ser o estado mais violento do Brasil é apenas o fio do novelo de uma série de “títulos” que Alagoas vem conquistando ultimamente. Alagoas tem os piores índices sociais no tocante ao analfabetismo, ao índice de desenvolvimento de juventude, desemprego, exclusão social, investimento em cultura, distribuição de terra e renda etc. A combinação entre os piores índices sociais e a proliferação do uso de drogas só poderia resultar nesse massacre violento contra a juventude, em especial a juventude negra.
Não estamos falando de frias estatísticas, estamos falando de um verdadeiro genocídio que nos últimos 4 anos, vitimou mais de 8.200 pessoas, essa violência tem cor e tem classe a maioria são jovens pobres e negros, com baixa escolaridade e moradores de periferias. A única maneira que o poder público tem para “combate à violência” é comprando mais armamentos para a polícia, construir mais presídios e aumentar a repressão contra os trabalhadores e a juventude das periferias.
Não é isso que queremos! Queremos viver dignamente. Queremos nosso direito a uma vida sem drogas, que só existem para esquecermos da dura realidade e desistirmos de transformá-la. Do que precisamos para viver? De um trabalho, um salário, uma casa, comida, educação, saúde, transporte, e também de diversão e cultura! Não precisamos de drogas! Em Alagoas, jovens e trabalhadores do campo e da cidade, querem dar seu recado e mostrar o que a juventude realmente quer: ter um futuro digno! Junte-se a nós nessa luta!
Participe da II Marcha Contra as Drogas que será realizada no próximo dia 31 de agosto (quarta-feira), a partir das 14 horas. Concentração na Praça Deodoro, no Centro de Maceió. Informações: (82) 8843-6055.
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